quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Dolceacqua, uma jóia Medieval na Ligúria


Fonte: http://2014.bandierearancioni.it
Dolceacqua é a aldeia medieval mais importante do Vale de Nervia.
É uma comuna da região da Ligúria, província de Impéria, com cerca de 2.078 habitantes. Ela fica no Vale Nervia, nos últimos Km da Itália, pouco antes da Liguria tornar-se Riviera Francesa.



Quando estávamos pesquisando sobre Apricale vimos que íamos passar por Dolceacqua para chegar até lá. No primeiro momento o que mais nos chamou atenção nessa cidade foi esse castelo lá encima do morro, nos pareceu imponente e misterioso ao mesmo tempo, mesmo sem saber sobre a sua história. As suas torres são quadradas e os dois lados da cidade são ligados por uma ponte.

Como chegar:
De carro: Para quem vem de Genova - Auto estrada A10 Genova - Ventimiglia o Bordighera e depois a estrada Provincial, do qual você vai tomar a SS Aurélia e depois a estrada provincial de Val Nervia

De Trem: Vindo de Genova, fazer o mesmo percurso que fizemos para chegar em Apricale, Ver Apricale. Só lembrando que Dolceacqua fica antes de Apricale.
Tanto de Genova quanto de Nice, você pode pegar um trem até Ventimiglia e depois optando por ônibus ou taxi para chegar a Dolceacqua

De ônibus: Pode também chegar a cidade com um serviço de ônibus confortável operado pela Riviera Transport Linha 7, (wwwrivieratrasporti.it)

Aéreo: 
Duas opções de aeroporto: Aeroporto de Nice e o de Genova. 
Sendo que o de Nice é bem mais perto para chegar a Dolceacqua.

Optando pelo aluguel de um carro no aeroporto para chegar até Dolceacqua.
Aeroporto de Nice: Fica a 50 km, 50 minutos de viagem.
Aeroporto de Genova: Fica a 175 Km, 2 h de viagem. 

Estando em Apricale já tínhamos programado de ir conhecer Dolceacqua que fica apenas 6 km de Apricale. Pegamos o ônibus da Riviera Trasporti que faz esse trajeto dessa região até Ventimiglia. Pagamos o valor de 2,50 euros. O bilhete é valido por 90 minutos. Arturo do Apricus Locanda de Apricale nos avisou que era para ficarmos atentos com os horários de volta, pois não tinha muitos horários, podíamos nos distrair e não haveria mais ônibus para retornarmos. E também falou que se a gente quisesse voltar mais cedo era só telefonar que ele iria buscar-nos.
A cidade se divide em duas partes a parte antiga e a parte moderna. 
A parte mais antiga dominada pelo Castelo Doria, está no sopé do Monte Rebuffão: a parte moderna da cidade, estende-se na margem oposta, na estrada para o vale.
Sua posição geográfica faz com que seja um gateway Dolceacqua excelente para as cidades próximas da Riviera dei Fiori e da Côte d'Azur e áreas montanhosas, caracterizadas por países e vila medievais, que surgiram ao longo de riachos e vales. 

A parte antiga de Dolceacqua pode ser alcançada através de duas pontes. Uma que está localizada um pouco antes da cidade, para carros e pedestres e esta outra que é somente para pedestres. Atravessamos a ponte e saímos da vida real para entrar na história
   Já estamos na cidade antiga e aqui iniciamos o caminho que nos levará ao topo da vila e castelo.
Ficamos imersos na densa rede de ruelas da cidade velha, nos distraímos com muitas lojas, principalmente de vendas de produtos locais, bem como as lembranças inevitáveis para os turistas maníacos.
                                                                   Muitos B&B
                     É possível se hospedar em casas construídas de pedra, datadas do século XII
Acredita-se que o castelo de Dolceacqua foi erguido por volta do século 11, é um dos principais pontos turísticos na aldeia. Originalmente o castelo pertencia a família Doria e ao longo dos séculos passou por várias mudanças. Foi construído  para ser um grande palácio senhorial com várias salas em estilo renascentista. Foi atacado várias vezes; no entanto, em 1744 ele foi destruído pelos ataques durante a guerra da sucessão Austríaca.

                                                                     Ecco qua il castello
Dias de visitação:
No inverno e outono: Terça a domingo
Primavera e Verão: Todos os dias
Para você visitar o castelo tem que pagar uma taxa.
O castelo é relativamente pequeno e está em ruínas. Excelentes vistas da cidade se pode observar lá de cima.
Este é um local para exposições de artistas. Não podia deixar de conhecer, né? Para quem não me conhece ainda, além de ser blogueira eu também sou artista plástica.
                                                 As ruínas do castelo são muito interessantes. 


Piano piano voltamos pelas ruelas que nos levaram até ao castelo. E qual não foi minha surpresa quando comecei a perceber nos becos e cantinhos, preciosas galerias de artistas locais. Claro que entrei em várias. Em uma conheci o artista Sylvian - The Fish Man. Sylvian foi super atencioso e me falou sobre o seu trabalho. Sylvian the Fish Man nasceu na década de 1960, em Nice, no sul da França.
O trabalho de Sylvian é fortemente influenciado pelo movimento Pop Art. O peixe de Sylvian marca sua conexão com sua terra de origem.
                                                         Uma das obras de Sylvian
                                             Tive a honra de receber o cartão de um grande artista.
Se você tiver um tempinho entre nas lojinhas e nas galerias dos pintores. Com certeza vai encontrar várias coisas interessantes e belas pinturas. Eu fiz minhas comprinhas.
                                                             Aquarelas da artista Moris De Leyva .
O pintor Monet chegou pela primeira vez em Riviera di Ponente em 1883, acompanhado por Renoir e imediatamente se apaixonou por essa paisagem da Ligúria. Ficou impressionado pela ponte de Dolceacqua e a chamou de "Uma joia de Leveza"                    

A igreja paroquial é a mais antiga, a sua fachada preserva formas românicas, enquanto seu interior tem um teto com vigas decorativas do século XIV. A cripta foi remodelada no século XVI e tem dois túmulos da família Doria.

                                       Após conhecermos a cidade fomos almoçar.
                                             Uma saladinha com queijo de cabra para variar, viciei.
Fomos conferir também uma pequena feira de frutas e legumes. Adoro dar uma passadinha nessas feiras, para conhecer produtos regionais, que as vezes não encontramos no Brasil
                                                               Tipo isso aqui.
                                                      Hummmm.....deliciosas !
                                                              Esta foto foi tirada do outro lado da ponte.
                         Empilhar pedras, quem diria, pode ser um jeito extraordinário de aquietar a alma!
                                                      Um totem no meio do rio para nos dar sorte
As pedras equilibradas falam de equilíbrio e de impermanência. Falam de paciência e de recomeço. Falam de persistência e submissão. Quando for fazer um Totem é importante estar em silêncio e poder permanecer assim por algumas horas. É o momento de estar sozinho consigo mesmo.


    

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