Vamos entrar agora em uma das histórias mais importantes do Brasil, passaremos por Castro uma das cidade que fizeram parte da "Rota dos Tropeiros".
Será uma viagem no tempo, que vai do passado ao futuro e com certeza lhe trará valiosos conhecimentos.
No Uruguai e Argentina existia grande quantidade de animais, bovinos, equinos, muares, desfrutando as ricas pastagens. Como consequência natural dessa demanda ao Norte e oferta do Sul, foi aberto o "Caminho das Tropas" ou "Rota dos Tropeiros", permitindo o transporte desses animais, por terra, das regiões de origem aos centros consumidores.
A rota começava em Viamão no Rio Grande do Sul e terminava em Sorocaba/São Paulo.
Ao longo dessa rota se formavam pousos de tropeiros que davam origem aos povoados, que mais tarde se tornariam cidades.
O Rio Iapó, , por sua características de tornar-se alagado, os obrigava a acampar e esperar até que as águas baixassem. Desse modo formou-se o Pouso do Iapó.
Em 1774 esse pouso evoluiu para a categoria de Freguesia de Sant'Ana do Iapó: onde foi construída a primeira capela com esse nome.
A elevação a Vila Nova de Castro ocorreu em 1789, depois foi elevada a categoria de cidade em 1857 e recebeu o nome de Castro.
Castro teve a honra de ser a Capital do Estado por 3 meses e 11 dias em 1894, por ocasião da Revolução Federalista.
Castro hoje é a "Capital do leite"Fica na região Centro Oriental Paranaense a 159 km de Curitiba.
A Igreja Matriz de Sant'Ana é um atrativo histórico, pois sua construção foi iniciada nos fins do século XVII. Os lustres de cristal e o sino de bronze foram doações de D. Pedro II. O sino rachou durante a comemoração do fim da Segunda Guerra, por ter sido tocado euforicamente.
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Os tropeiros levavam riquezas e desenvolvimento por onde passavam.
Pontos turísticos de Castro, relacionados ao Tropeirismo:
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Museu do Tropeiro
É o museu mais completo sobre o tropeirismo no Brasil. O acervo é bem variado e evidencia a cultura artística e histórica de Castro.
Ao acompanhar a guia ela nos explicou que nesse museu é retratado a vida do tropeiro, onde é também apresentado vários documentos, moedas, utensílios, peças sacras, entre outras. Esse Museu foi montado porque Castro surgiu graças ao Tropeirismo. Foi inaugurado em 1977.
Mais informações sobre o Museu do Tropeiro
Como era a vida do tropeiro
O tempo para os tropeiros não era tão apressado quanto os dia de hoje, mas sabiam que tinham que entregar a mercadoria.
Quando encontravam campos propícios para a pastagem estacionavam as tropas por até 6 meses, e depois prosseguiam rumo ao destino final. Eram os caminhoneiros da antiguidade.
A base da comida do tropeiro era o feijão, o arroz e a carne salgada desfiada.
Todos se reuniam para comer - a boia - enquanto esperavam para se acomodar. ficavam em volta do fogo para se aquecer, tomando o café de tropeiro e contando causos.
Como era a formação da Tropa
Era formada por mais ou menos 10 peões que levavam produtos e animais.
O cozinheiro ia na frente para adiantar o almoço antes da chegada da tropa e logo saia para outro pouso.
O madrinheiro era o que levava a mula de traia e a égua madrinha que ia com um cincerro no pescoço conduzindo a tropa.
Ao lado do madrinheiro vinha o capataz, sempre na frente para alertar os perigos e determinar o caminho.
Também iam ao lado e atrás de 6 a 7 peões.
Havia um peão que fazia o trabalho de voltar para trazer a mula fujona de volta. A grande honra era trazê-la de volta e o maior vexame era não conseguir.
Existiam 3 tipos de tropas
Chucras - onde as mulas eram a mercadoria e o animal era domado durante o caminho
Arreadas - Levavam nas tralhas, cebo, charque e queijo.
Bovinas
Existia também as tropas de porcos e perus.
Utensílios de cozinha usados pelos tropeiros estão expostos no Museu do Tropeiro
Visitas ao Museu do Tropeiro:
De segunda à sexta das 08:00 às 17:00 h
Aos sábados e domingos das 09:00 às 10:00 h
Casa da Sinhara
Sinhara, sinhá eram formas respeitosas com que os escravos tratavam suas donas, suas senhoras.
Você poderá apreciar objetos, moveis e utensílios e terá uma ideia de como era a vida dessas mulheres.
Os objetos do acervo da Casa de Sinhara foram usados pelas esposas dos tropeiros do início do século passado. O museu está localizado em uma casa antiga construída na metade do século XIX.
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Grampos para enrolar e encrespar o cabelo. |
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Roupa de núpcias |
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Oratório |
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As louças eram ricamente decoradas
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Visitas a Casa de Sinhara
Segunda à sexta das 08:00 às 17:00 h
Sábados e domingos das 09:00 às 13:00 h
Fica no centro da cidade, em frente a praça onde se encontra a Igreja Matriz de Sant'Ana.
Foto do acervo do site Fazenda Capão Alto
Fazenda Capão Alto
A Fazenda Capão Alto foi também paragens para os tropeiros, é uma fazenda da época do inicio da colonização dos Campos Gerais.
Possuí um sítio histórico com ruínas da capela e além das casas que foram utilizadas como senzalas.
A fazenda foi tombada como patrimônio cultural do Estado. Foi marco para a fundação da cidade de Castro e berço dos Campos Gerais. O casarão é de 1858.
Visitas: De Terça a domingo e feriados das 09:00 às 18:00 h
Ingressos: 5,00 reais/3,00 para estudantes.
Após as visitas aos museus fomos recepcionados no Restaurante Casantiga, onde tivemos a oportunidade de saborear a comida tropeira da região.
Recebemos um presente muito gracioso, um pequeno tropeiro.
Centro Cultural Castrolanda
Visitar Castrolanda foi como fazer uma viagem a Holanda dentro do Brasil.
Nos primeiros anos pós-guerra na Europa começaram as incertezas e falta de terras. Por essas e outras dificuldades alguns holandeses começaram a sair da Holanda.
Em 1951 as famílias holandesas foram motivadas a deixarem sua terra natal, chegando ao Brasil se instalaram no Paraná. Receberam uma área de 5 mil hectares e ai surgiram a Colônia e a Cooperativa Agropecuária Castrolanda.
O nome dessa colônia surgiu da união do nome Castro com o nome do país de origem.
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As vestimentas dos imigrantes. |
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No Museu Histórico tivemos informações de como se desenrolou a imigração holandesa na região. A história, os detalhes, os objetos foram bem preservados. A Holanda por é um país pequeno e as famílias eram numerosas, por isso a dificuldade pós guerra.
Os holandeses vieram em grupos no total de 55 famílias.
Escolheram o Brasil para viver porque o governo brasileiro permitiu que eles trouxessem no navio tudo o que tinham na Holanda., como: móveis, gado, maquinários, trator e outros pertences.
Outros países como Canadá e Estados Unidos não lhes davam essa possibilidade.
Trouxeram para o Brasil 1200 cabeças de gado, sendo que muitos morreram pelas dificuldades de adaptação, doenças e clima.
A base pecuária e leite foi até os anos 70. Logo expandiu e a agricultura começou a crescer e se diversificar.
Este é um dos maiores moinhos de vento do mundo. foi inaugurado em 2001, De Immigrant (O Imigrante) é um grande monumento de 26 metros de envergadura.
Rafael Rabbers é o operador desse moinho. Ele conta que aprendeu a profissão de moleiro quando o holandês Jan Heijdra esteve em Castrolanda para executar o projeto. Rafael trabalhou e serviu de tradutor para os trabalhadores e posteriormente foi treinado para operá-lo.
Recebeu o certificado da Associação dos Moleiros, e hoje é o único moleiro diplomado do Brasil.
O Oranjefeest é uma atividade holandesa em homenagem à família real, que se comemora no mês de abril o "Dia da Rainha".
Em Castrolanda o 'Dia da Rainha" foi instituído no ano de 2000. A festa se realiza ao ar livre em frente ao Moinho da Imigração Holandesa. Muitas atividades, muitas barraquinhas, comida típicas. As apresentações de danças dos grupos folclóricos é um espetáculo a parte
Este realejo já animou e continua animando muitos eventos em Castrolanda
Castro fica n Paraná a 159 km de Curitiba
Pode passar um fim de semana ou fazer um bate e volta.
Onde ficar em Castro: O
Hotel Buganville é um hotel bem confortável e tem um excelente café da manhã.
Como chegar a Castrolanda.
Vindo de Castro leva mais ou menos uns 10 minutinhos. Fica mais ou menos umas 2 horas de Curitiba.
O passeio em Castro foi a convite da Prefeitura de Ponta Grossa e de Castro em uma Press Trip.
Nossos agradecimentos
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