quarta-feira, 23 de março de 2016

As cores de Belém do Pará

BELÉM, cidade morena e amorosa, cheia de histórias. Inspira o Brasil com suas belezas, seus sabores, sua cultura e seu povo hospitaleiro. Capital de um estado cheio de incomparáveis belezas naturais, fica às margens da Baía do Guajará, onde foi construído o forte do Castelo.
Sua arquitetura é dos séculos XVII e XVIII, representada por casarões azulejados, reflete o talento português. Cidade da Mangueiras, assim chamada por existir muitas mangueiras em suas ruas, que formam túneis com agradáveis sombras.

                             
Nasceu com a exploração do pau-brasil, cresceu impulsionada pelo extrativismo das drogas do sertão e floresceu com a economia da borracha.
Sua maior riqueza a floresta que a circunda, um cinturão verde de ilhas, rios, igarapés e canais que deságuam na Baía do Guajará.


É uma metrópole cercada de água, ilhas e florestas. Tem uma cultura rica, em que se sobressaem a culinária, o artesanato e a música.


Quando a gente chega a Belém já começa a sentir diferenças principalmente no clima, a umidade permanente no ar já denuncia. Tem uma característica muito particular, que é o pé-d'água rotineiro de todos os dia, tanto que os Belenenses sempre perguntam, você vai sair antes o depois da chuva?

Como chegar:  A melhor maneira de chegar em Belém é por via aérea, com voos das companhias Tam e Gol. O tempo de São Paulo até Belém são de 3h.
Foto by Haydée Marques 
Cores, sabores, aromas definem emoções e sentimentos, mas também definem Belém do Pará, onde o colorido está presente de todas as formas. A gastronomia é um dos meios mais fáceis de apaixonar por Belém do Pará, que fica na parte deslumbrante da natureza amazônica.

Os Ingleses chegaram durante o próspero ciclo da borracha, trazendo construções pré-fabricadas que viraram hoje cartão postal, como o Mercado Ver-o-Peso, junto ao cais, onde ficam as barracas de peixe e frutos do mar, abrem das 06 h às 14 h: e a feira, fica aberta o dia todo, vende frutas, ervas aromáticas, temperos, castanhas, camarões secos e salgados, verduras e legumes, e agora tem junto um camelódromo, que achamos que destoa do restante do mercado


Belém ganhou um novo status, que vai muito além de sua condição de porta de entrada da Amazônia. É uma das capitais gastronômicas do Brasil. Isso vem de longe. No século 17, o padre Antônio Vieira já atestava que a mesa belenense, era um banquete sem igual de peixes, caças e frutas típicas apreciadas pelos colonizadores portugueses. Belém é um caldeirão de misturas étnicas. A comida indígena paraense, única verdadeiramente brasileira, tem sabores, portugueses, alemães, japoneses, libaneses, sírios, judeus,ingleses, barbadianos espanhóis, franceses e italianos. Os colonizadores foram chegando e se  encantando com a cozinha nativa e, aos poucos foram incorporando ingredientes locais às receitas de além-mar.
Africanos popularizaram o gergelim nos doces e as pimentas (murupi, camapu, olho-de-peixe, cajurana). A maniçoba é um exemplo perfeito casamento perfeito entre as raízes das cozinhas indígenas e africana. Os índios, óbvio, são mestres ancestrais no preparo de mandioca, caldeiradas, peixes (piranha, pirarucu, surubim, tucunaré, tambaqui).

Mercado Ver-o-Peso
Mercado interessante!! Bem louco!! Sujo!! Tem que ir preparado psicologicamente!! Mas é bom pra ver a diferença cultural.
No primeiro dia caminhamos pelo mercado Ver-o-Peso, que é considerado a maior feira livre da América Latina. Não se preocupe com a bagunça, vá de coração aberto e converse com os feirantes. Você pode ficar um pouco sem graça, principalmente se você for do sul. Quer uma dica? Esqueça o teu mundinho, assim você conhece um pouco de um Brasil simples e cativante. Dê atenção sim, só assim você vai se enriquecer. Se você não conhece determinada erva, peixe ou fruta, pergunte. Com não conhecíamos algumas ervas, perguntamos ao feirante do que se tratava, ele nos explicou que uma delas era o Jambu e a outra vinagreira. Ele explicou que o Jambu é uma planta medicinal, serve como anestésico, se tiver uma dor de dente ele vai anestesiar, e é também antisséptica. É usada como tempero, principalmente no Tacacá. Ele mandou que experimentássemos uma pitadinha da flor do jambu, para sentir o quanto o beiço tremia, desconfiados fizemos isso, e realmente a planta amorteceu a nossa boca, mas não tremeu, hehehehe.
                                  Jambu, usada como planta medicinal, e na culinária.
Foto by Haydée Marques
Caminhando pela feira você vai passar por várias barracas onde vai encontrar, cupuaçu, taperebá, bacuri, buriti, mangaba, uxi, tucumã...Uma infinidade de frutas diferentes, algumas você terá vontade de experimentar, e outras nem tanto. 
Barracas das Frutas
Foto by Haydee Marques                                              Fruta deliciosa !!                      
Foto by Haydée Marques                                                Pupunha  
Uma bagunça mais ou menos organizada. Se quiser levar algum produto típico (artesanato e/ou culinária), este é o lugar. Uma verdadeira Torre de Babel de produtos.                                 

Barracas dos Vidrinhos Milagrosos!
Tem também barracas, com preparados e poderes medicinais. Vidrinhos sobrenaturais, vidrinhos milagrosos, para impotência e outros bem curiosos. Se você der atenção as senhoras que vendem esses vidrinhos vai saber de curiosidades milagrosas. Uma delas veio falar em meu ouvido sobre um dos seus vidrinhos, falando que era tiro e queda..., eu acabei não dando muito crédito ao que ela falou. E nem mesmo eu fazendo uma brincadeira, ela perdeu a sua crença, ou fingiu que não entendeu. Afinal é a sua cultura e temos que respeitar.
Passando por essas barracas dos vidrinhos, acabei me lembrando de um mercado, que existe em La Paz, na Bolívia, tem um pouco de semelhança a esse. O nome é Mercado de Las Brujas
    Foto by Haydée Marques
 Foto by Haydée Marques                        Gostei muito do visual desse vidrinhos nas fotos.                       
     Foto by Haydee Marques
    Barracas das castanhas                
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Dentro dessa bolas chamadas de ouriço, é que ficam as castanhas, e que também são sementes.
Aqui o trabalho de descascar as sementes. Fazem tudo manualmente, apesar de ter visto também uma pequena maquina, que facilita a retirada da castanha da casca.

  Barraca dos frios, e dos camarões e peixes salgados.
                                                                                                                                  Foto by Haydée Marques
Vir ao mercado ver-o-peso sem dúvidas é uma experiência única, em cores, sabores e cultura local. Lá o turista encontra tudo o que há de melhor de temperos da terra vindos fresquinhos do interior do Estado. Tem também o açaí e a farinha d'água. 
                                                                                                                                                Foto By Haydée Marques
                                                  Camarão seco                                           Foto by Haydée Marques
                                                         Peixe salgado                                          Foto by Haydée Marques
  Barracas das Farinhas
                                                                                                                                Foto by Haydée Marques
                  A combinação das cores, enche os olhos! Farinha d'água e tapioca.
                                                                                                                                                              Foto by Haydée Marques
                                                          Pinga com Jambu                                     Foto by Haydée Marques
   Barracas dos Temperos
Pimenta no tucupi.                                Foto by Haydée Marques
   Mercado da Carnes
   Foto by Haydée Marques                                                                                         
                                                                                                                      Foto by Haydée Marques
Fica bem em frente ao mercado ver o peso. Possui lojas em seu interior e uma construção em ferro bem interessante.
                                                                                                                                            Foto by Haydée Marques
É uma belíssima arquitetura, bem preservada. Oferece alguns lugares para comer comidas típicas do Pará. Vale a visita!
                               Artesanato Indígena              Foto by Haydée Marques

Gastronomia do Mercado Ver-o-Peso
Não deixe de comer na feira. No primeiro momento pensamos em não comer por lá, mas depois de algumas voltas observando o pessoal servir, a gente encontrou uma barraca bem arrumadinha. Uma senhora nos explicou sobre todos os pratos, a maioria era de peixe, escolhemos a pescada branca e o peixe filhote. Nos ofereceram o açaí para comer com o peixe. Como assim, comer peixe com açaí? Sim, nos falou a senhora, é uma delícia, aqui a gente tem o costume de comer junto com o peixe frito. Ficamos sabendo que o açaí para eles é como o feijão para nós. Mais uma coisa também nos foi oferecido para colocar junto, uma farinha de tapioca com umas bolinas e também tinha que adoçar. Para ficar mais gostoso tinha que comer um pedaço de peixe e uma colherada de açaí. Imagina a nossa cara de surpresa, mas enfim, olhamos um para outro e falamos, seja o que Deus quiser! A primeira colherada foi para experimentar, e as outras para saborear. A partir desse momento ficamos fãs do peixe com açaí.
Diferente do Sul, que se come açaí com granola e frutas.
                                                          Foto by Haydée Marques
                                       Prato delicioso, pescada branca com açaí, tapioca e açúcar.
Foi neste box provamos o  peixe com açaí.
                                                                                                            Foto by Haydée Marques
                                                                                                          Foto by Haydée Marques
Parque Mangal da Garças
Mangal das Garças, um oásis em pleno centro urbano de Belém. Fica à beira do Rio Amazonas, que no Pará ganha o nome de Guamá. 
Abriga uma parte da Amazônia, criado nas margens do Rio Guamá, no centro histórico da capital da capital. O local é um parque ecológico revitalizado, ocupa uma área de 40 mil metros quadrados. 
Dentro do Mangal das Garças é possível conhecer belezas naturais e a diversidade da fauna e flora da Floresta Amazônica, lugar com uma natureza exuberante. Há garças coloridas, flamingos, iguanas, que vivem em liberdade, sem ser molestados. Até dão uma olhadinha, para a gente filmar e tirar fotos. Os amantes de fotografia sairão dali com belíssimas fotos!
                                                                                                                          Foto by Haydée Marques
                                                                                                                          Foto by Haydée Marques

                                                                                                                        Foto by Haydée Marques
                                                       Garças alaranjadas               Foto by Haydée Marques
                                    Flamingos                                          Foto by Haydée Marques                    
    Memorial Amazônico da Navegação                                                        
                                             

                                                                                                                       Foto by Haydee Marques
                                                                                                                    Foto by Haydée Marques
                                                                                                                     Foto by Haydée Marques
                                                                                                      Foto by Haydée Marques
Olhem só quem apareceu por aqui. Acreditem se quiser, logo que sentamos para saborear um sorvete, esse pássaro veio como quem não quer nada pedir um pouquinho. Nesse lugar os animais vivem soltos e já estão acostumados a ficar perto das pessoas.   
                                          Insistente o mocinho
   Borboletário  
                                                                                              Foto by Haydée Marques        No parque Mangal das Garças, um dos pontos turísticos mais visitados de Belém, as borboletas recebem um tratamento mais que especial. Considerado o maior borboletário público do país, o espaço reúne também várias espécies de plantas, animais, lagos e jardins.
                          As borboletas nascem diariamente no Mangal.                    Foto by Haydée Marques               
                                                                                                           Foto by Haydée Marques 
                                                                                                                       Foto by Haydée Marques
                                          As borboletas nascem diariamente no Mangal.         Foto by Haydée Marques                                                                                                                                                              
                                                Horários: Terça a domingo, das 9h às 18h
             Cidade Velha                           
                                                       Forte do Castelo ou Presépio                     Foto by Haydée Marques
Se alguém procurar em Belém pelo Forte do Castelo ou ainda pelo Forte do Senhor Santo Cristo, vai saber que, na verdade são os mesmos lugares. Erguida em 1616 pelos portugueses para proteger uma cidade que acabara de ser fundada, a fortificação está localizada na Ponta de Maúri, na confluência do Rio Guaianá com a Baía de Guajará, demarcando a entrada do porto e o canal de navegação que ladeia a Ilha das Onças, em Belém.
                                                                                                                                                   Foto by Haydée Marques
Hoje, após ser usado como arsenal de guerra, hospital e círculo militar, é um dos principais pontos turísticos de Belém. Visitado por, turistas nacionais e estrangeiros. No forte estão antigos canhões e até mesmo a munição, dos séculos passados, isso para manter viva a memória da cidade que na época do Brasil Colônia era a capital do Grão-Pará, área que hoje corresponde ao Maranhão e o Amazonas.
                                           Praça em frente ao Forte          Foto by Haydee Marques
                                          Canhões do Forte                               Foto by Haydée Marques
                                                           Vista de Belém, do alto do Forte do Castelo 
                                             Igreja da Sé                                               Foto by Haydée Marques
É como é conhecida, a catedral de 400 anos, do início da história de Belém. Ela fica localizada no centro histórico, é uma igreja belíssima, conservada e rica em detalhes. 
Bem preservada. O altar-mor de mármore e alabastro vindo da Itália e o Órgão Cavaillé-Coll construído em Paris
É dessa Catedral que todos os anos sai a maior procissão do mundo que é o Cirio de Nossa Senhora de Nazaré . 
O centro velho de Belém é positivamente bucólico e apaixonante para quem gosta de história. O silêncio das estruturas alimenta a imaginação. A catedral é realmente um marco da arquitetura colonial e guarda muito de uma fase áurea da região amazônica.
                                                                                                                                                                         

                                                       Corveta Solimões                       Foto by Haydée Marques
Um ótimo lugar para visitação em Belém é o Navio da Marinha de Guerra, que serviu de apoio a população ribeirinha e defesa da Amazônia. O nome é Corveta Solimões, foi fabricada em 1954, é um importante complexo turístico, foi transformado em museu em 2003. Dentro o visitante pode ver os armamentos, como um canhão que veio dos Estados unidos, e pode dar 15 tiros por minutos. O preço para visitar é de 4,00 reais, estudantes e idosos pagam meia. Pode visitar a Área de comando,praça d”arma e enfermaria. A Corveta fica em frente da Casa das 11 janelas.
                                                           Casa das 11 janelas               Foto by Haydée Marques 
Atualmente a casa das 11 janelas abriga um museu de arte contemporânea, que frequentemente tem mostras de artistas locais, nacionais e internacionais, a entrada é quase sempre franca, possui um ótimo espaço para lazer e tem uma barraquinha que vende algumas comidas típicas. Antigamente possuía um restaurante, mas não está funcionando mais.
                                                        Parte de trás da Casa das 11 janelas                        Foto by Haydée Marques          
         Igreja de Santo Alexandre e Museu de Arte Sacra    Foto by Haydée Marques

Museu localizado em um prédio histórico, próximo à praça do relógio e o Ver o Peso. 
museu faz você mergulhar na história da cidade, o ambiente interno é uma viagem ao tempo direto para o Brasil Colonial, grandes estruturas entalhadas em madeira, feito por escultores, padres e também por indígenas catequizados. “Acervo pequeno, mas belo exemplo da arte sacra" 

Muita história, beleza e tudo mais que possa se admirar! Se estiver por Belém, visite-a, não irá se arrepender.
                                                                      Igreja da Sé                       Foto by Haydée Marques
         Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré      Foto by Haydée Marque
A Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré fica no centro da Cidade de Belém do Pará. De fácil acesso.
Imponente, é belíssima! Realmente traduz um ambiente de paz e de muita fé e oração. Detalhes internos belíssimos, os olhos se perdem em admirar tanta beleza. Abriga a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, a mesma que atrai multidão de fiéis durante o Círio de Nazaré.
Um passeio imperdível em qualquer época do ano e não apenas nas festividades do Sírio de Nazaré.
                                                                                                                                                     Foto by Haydée Marques
                                                                                                                                                Foto by Haydée Marques
                                                                                                                                                      Foto by Haydée Marques
   Estação das Docas
         Foto de como era antigamente a Estação das Docas
A inspiração da revitalização foi o Puerto Madero, em Buenos Aires.
A Estação das Docastransformou-se em um local cuja visita é indispensável, seja de dia ou à noite. Em seu interior, existem inúmeras opções de culinária, com música ao vivo (MPB) e lojas. Quem vai a Belém não pode deixar de conhecer. Em alguns dias tem apresentação folclórica.                                                                                                                                                                       
Lugar agradável, boa comida, boa bebida e gastronomia de primeiríssima qualidade.
                                                                                                
A estação das Docas tem 3 armazéns.
O armazém 1 se chama Boulevard das Artes, tem várias lojas de artesanato e roupas. O armazém 2 se chama Boulevard da Gastronomia, conta com vários restaurantes, e a choperia Amazon Beer, 100%  artesanal.
                                                                                                                                               Foto by Haydée Marques
O Armazém 3 é o Boulevard de Feiras e Exposições, é destinado a festas. O local oferece exposições permanentes com a história do porto, um cinema, um teatro e uma intensa programação de shows.
Endereço: Av. Boulevard Castilhos França, S/N 
Horários: Segunda à quarta, das 10h à meia noite
                  Quinta à sábado, das 10h às 3h  
                  Domingo, das 9h à meia noite.
                   
Restaurante e bar Amazon Beer na Estação das Docas
A Amazon Beer, foi fundada em 2000, já é sucesso absoluto e atração turística na Estação das Docas. Produz diante dos clientes, seis estilos de cervejas em imponentes tonéis de cobre. Suas cervejas são feitas de matérias primas da floresta, principalmente de frutas.
                                                                                                                                                  Foto by Haydée Marques
                       Para levar de presente para os amigos.                      Foto by Haydée Marques
                                                                                                                    Foto by Haydée Marques        
                                 É um lugar agradável para um Happy Hour, no final da tarde.
                                           Deliciosa cerveja de Açaí!                      Foto by Haydée Marques
                          Como tira gosto, bolinho de Pato no Tucupi, uauuu!           Foto by Haydée Marques
                                                                                                                      Foto by Haydée Marques           
  Filhote com crosta de Castanha do Pará e Jambú e Palmito de metro (Palmito selvagem com      pimenta e ervas), para comer rezando, hummmm....Tudo de bom!
                                                                                                        Foto by Haydée Marques
Depois desse jantar saboroso, passamos pela soveteria Cairu.
                                                                             Foto by Haydée Marques
Quem vai a Belém do Pará tem que tomar um sorvetinho Cairu, o melhor sorvete da região Norte. Sabores variados, recomendamos os típicos da região: açaí, tapioca, taperebá, cupuaçu, bacuri.
Alguém já parou para pensar na combinação de Queijo Reino com Goiabada? A Cairu pensou e fez a alegria dos seus seguidores. 
                                                                                                                                             Foto by Haydée Marques
Voltamos a Estação da Docas para visitar o local durante o dia, e principalmente para fazer o passeio de barco, que acabamos não fazendo por causa do tempo. Ficamos com um  pouco de receio.                                                                                          
                                                                                                                                     Foto by Haydée Marques           
                                                     Aproveitamos e fizemos um lanchinho             Foto by Haydée Marques
 Esse salgado aqui não é coxinha e sim unha de caranguejo. A massa é igual da coxinha, só muda o recheio que é com carne de caranguejo, se chama unha porque deixam ficar de fora uma pequena garra de caranguejo.           
                                                                                                                                        Foto by Haydée Marques
O Tacacá é um delicioso caldo indígena, é servido em pequenas cumbucas. Tem como base o tucupi, extraído da raiz da mandioca, e acompanha camarão seco, goma de tapioca, pimenta e jambu. Na primeira vez que a gente provou essa iguaria, foi com certa desconfiança, principalmente por causa do camarão salgado e seco, que a gente não está acostumado. O jambú desse Tatacá estava bem forte, sem mentira, a minha boca ficou completamente amortecida, fiquei até tonta, parecia que estava dopada, acho que esse tal de jambú é alucinógeno, rsss. 

No primeiro momento você fica com um pouco de receio em experimentar. A cada gole você tem impressão que aquilo pode não ter fazer bem, mas acaba chegando ao fim. Mas na segunda oportunidade você não pensa duas vezes, pede novamente e se delicia sem medo e toma com prazer. 

Fomos a Estação das Docas pela segunda vez e tivemos o prazer de assistir  um lindo espetáculo de danças folclóricas.
                                                                                                       Foto de Haydée Marques
                                                         A dança do Boto Branco                          Foto by Haydée Marques
                                                                                                                                                     Foto by Haydée Marques     
                                                                         Muito lindos os trajes das dançarinas                                                      
   Restaurante Point do Açai
      Jantar no Point do Açai. Novamente pedimos peixe com açaí .        Foto by Haydée Marques                           
Pedimos o peixe Pirarucu, ele é um pouco parecido com o bacalhau.
Não gostamos do sabor desse peixe. O garçom que nos atendeu, fez um ritual explicando como comer o peixe com açaí, mas a gente já sabia, só que ali eles usam também a farinha d’água.
  
  Portal da Amazônia
 Lugar onde os Belenenses praticam esportes e fazem caminhadas      Foto by Haydée Marques
                                                                       Um lugar muito limpo e bonito.
   Ilha de Mosqueiro
                                                                                                                                         Foto by Haydée Marques
Alugamos um carro por dois dias, e aí aproveitamos para conhecer um pouco dos lugares fora de Belém. Fomos até a Ilha de Mosqueiro.
A ilha de mosqueiro é um distrito de Belem, é linda e famosa por suas praias e orlas belíssimas de água doce que atraem turistas brasileiros e estrangeiros.


Possuem diversas praias, que são banhadas pelo rio, isso mesmo praia de rio com onda e tudo. A praia do Chapéu Virado é a terceira melhor frequentada.

   Praia do Chapéu Virado 
                                                                                                               Foto by Haydée Marques
                                                                                                              Foto by Haydée Marques
Achamos estranho não ter ninguém na praia, mesmo estando um calorão, parecia tudo abandonado.. Depois conversando com as pessoas soubemos que, agora lá é inverno e muitas chuvas. O verão para eles é em julho, chega a fazer até 35 graus e as praias ficam lotadas.
A praia de do Chapéu Virado é uma praia de rio, tem uma beleza diferente.

   Praia do Farol  
                                                                                                Foto by Haydee Marques 
A Praia do Farol é uma das praias de água doce mais famosas da Ilha de       Mosqueiro, nela encontra-se a Ilha do Amor.     

Andando um pouquinho mais, depois da Praia do Chapéu Virado, você chega à Praia do Farol, com um pouco de infraestrutura. As barracas são bacanas, com bom serviço, bons preços e bom atendimento. A água é uma delícia pra mergulhar, e tem ondas também, embora seja de água doce. Um lugar gostoso pra passar o dia todo.
   Restaurante Lambretta 62     
                                                                                                                     Foto by Haydée Marques  
Quando for à ilha de Mosqueiro, o Lambretta 62 é uma boa opção. A lambreta logo na entrada é o cartão de visita do restaurante que tem o mesmo nome.
Estávamos procurando um restaurante, mas a maioria estava fechado, tentei pesquisar na internet e achei este. A indicação era boa, e dizia que o proprietário era de Curitiba, fomos procurar

 O nome do proprietário é Walter, uma pessoa simpática. Fazem 26 anos que Walter deixou Curitiba e foi morar na Ilha de Mosqueiro. Seu restaurante fica na beira da praia, é um restaurante simples, com boa comida. Walter foi nos mostrar a construção do seu novo restaurante, que pelo jeito vai ficar muito bonito.
Que coincidência encontrar este restaurante com o nome de lambretta e ter uma para a gente tirar foto, pois o nosso blog tem uma lambretta vermelha como mascote.

Feira do Açaí
                                          “O amanhecer na Feira do Açaí”
                                                    Foto by Haydée Marques
“O açaí é o ouro preto para os produtores paraenses"
Acordar às 04:00 h da madrugada, estando de férias não dá, né? A não ser por um bom motivo, ir à Feira do Açaí" para ver a chegada do açaí, do peixe, das frutas e ver o Mercado Ver-o- Peso iluminado pelas luzes e emoldurado pelos barcos, em Belém do Pará. Aí sim. Tudo isso acontece de madrugada, quando chegam os produtos para a venda. 

Eu já tinha lido sobre a Feira do Açaí quando estava pesquisando sobre Belém, aos poucos fui programando para conhecer. Mas como sou preguiçosa para acordar, tinha um pouco de dúvidas se iria mesmo. Combinamos juntos essa loucura, eu só tinha que vencer o sono e a preguiça.

Programamos para ir ao terceiro dia. Como tínhamos alugado um carro, pensamos em ir de carro, mas com tantas recomendações dos taxistas, resolvemos ir de táxi que seria mais seguro. Levar a câmera profissional, nem pensar,  deixei no hotel. Levei o celular e uma câmera pequena para não chamar atenção.

Na noite anterior, eu já estava deixando a preguiça tomar conta, será que vamos? Na hora que tocou o celular de madrugada eu pensei, acho que vou dormir mais um pouquinho, pera aí uma vozinha me falou, não vai desistir não, eu não vou deixar, esqueceu que você colocou na Fanpage que vocês iam conhecer a Feira do Açaí? Que vergonha, hem.  Dei um pulo da cama rapidinho e com um gostoso banho já estávamos prontos para a aventura.

Quando a gente entrou no táxi e falamos que íamos para a Feira do Açaí, o taxista ficou meio surpreso, mas já sabíamos o porquê. 
Pesquisando em blogs sobre essa feira chegamos à conclusão de que, a maioria das pessoas que vão a essa feira a essa hora da madruga são: os vendedores, os compradores que vão para trabalhar, e os blogueiros, que gostam de aventuras. Nunca ouvi ou li que um turista tenha feito isso. Somos diferentes mesmo. 
Voltando ao taxista, ele nos falou que era para tomar cuidado, e aí combinamos de vir buscar-nos.
                                                                                                                Fotos by Haydée Marques
Os barcos chegam à meia noite, vindos do interior do estado, ou comunidades ribeirinhas, alguns chegam a viajar até quase 30 horas para chegar a Belém, para fazer a venda do açaí, peixes e frutas, e aí começa o burburinho.

Muito açaí vem de ilhas próximas a Belém como: Ilha das Onças e Ilha de Marajó. Na agroindústria, o açaí passa a fruta in natura em polpa, é estocada pura ou misturada. 
                                                                                                                                                  Foto by Haydée Marques  
O açaí é uma pequena fruta arredondada, de coloração escura, variando entre o roxo e o preto, que possui um pequeno caroço e pouca polpa. O fruto é encontrado em cachos; cada tronco do açaizeiro produz até quatro cachos da fruta. 
A comercialização do açaí é tão importante no Pará que movimenta sorveterias, restaurantes e a grande feira ao ar livre da cidade.
                                                                                                                      Foto by Haydée Marques
Todas as ilhas da Baia do Guajará, no Pará, são cobertas por açaizais, em sua maioria nativa e selvagens. Antes do sol do meio dia, os “peconheiros”, como são conhecidos por conta do acessório que amarram nos pés para subir nas árvores, já coletaram os frutos maduros do dia.
Depois dá colheita o açaí tem dois caminhos. Um deles é o da média e grande indústria, que compra diretamente do produtor, para fazer o processamento e vai ser usado como alimento, cosmético e enviado para várias regiões do Brasil, e fora do Brasil. O outro é a venda de mão em mão até o consumidor local.
Todos esses mercados funcionam durante a madrugada na Feira do Açaí, e são como uma bolsa de valores, o preço varia conforme a oferta e a procura, como nas feiras livres. Os frutos são vendidos por lata, que na verdade são as cestas de vime menores, com 14 quilos cada.
                                                                                Fotos by Haydée Marques
Na hora que a gente chegou já tinham descarregado o açaí, e já tinham vendido a maior parte, quase que a gente não consegue ver os cestos cheios, para tirar as fotos. Mas conseguimos um bom material, e valeu a pena pela experiência vivida.
                                                                                                   Foto by Haydée Marques
Isso tudo é uma loucura! Os trabalhadores chegam com açaí e começam a vender. Existem vários valores, depende da qualidade. O açaí molhado é mais barato, mas não é porque ele está molhado, se diz molhado para o açaí que não foi colhido recentemente.
                                                                                                                              oto by Haydée Marques
O que tem de gente naquele local, não é brincadeira. As pessoas nos olhavam como se fossemos intrusos, e na verdade éramos intrusos mesmo, porque ali só tinha trabalhadores, compradores e vendedores. 

                                                                                                                       Foto bay Haydée Marques
Pura, com farinha ou arroz e feijão, a polpa do açaí está no cardápio diário dos paraenses e alimenta também nas partes ribeirinhas e vai parar na mesa dos consumidores australianos e americanos. 
                                            Açaí Verde  Foto by Haydée Marques
Conhecido também como açaí tinga. Fruto difícil de achar, é mais caro que o roxo, porém muito apreciado por paraenses. Apesar de ser conhecido como açaí branco, sua cor é verde.
                                                                                                                      Foto by Haydée Marques
Ouvíamos até galos e galinhas cantando dentro dos barcos. De repente o pessoal começou a cacarejar como galinha e dar risadas, era um trabalhador que estava passando com várias galinhas para vender, foi uma gozação só. Coitado, devem fazer isso com ele todas as noites. Que culpa ele tem  de vender galinha?
                                                                                                                                 Foto by Haydée Marques
Aos poucos fomos percebendo que a Feira do Açaí ficava para trás e estávamos já na   feira do peixe e das frutas.
                                                                                               Foto by Haydée Marques
   Em um local perto dos barcos vimos um tacho, onde estavam fritando uns pedaços de peixe, ali mesmo eles vendiam o peixe frito. Havia também uma pia improvisada para lavar pratos, acho até que tiravam água do rio para lavar. 
                                                                                                                      Foto by Haydée Marques
                                   Frutas muitas frutas, de várias qualidades.
                                                                                                 Fotos by Haydée Marques
                                                      Pupunha                   Foto by Haydée Marques
                                                                                   Foto by Haydée Marques
Agora estávamos chegando no local da feira do peixe, tinham vários peixes de diferentes tipos
                                                                                                                                                   Foto by Haydée Marques
                                                                                                                         Foto by Haydée Marques
                                                                                Foto by Haydée Marques
Estávamos tirando fotos quando uma senhora apareceu do nada e chegou bem pertinho de nós e falou, tem dois caras que estão seguindo vocês, faz um bom tempo, tomem cuidado com o celular eles estão de olho em vocês. Ali mesmo nós ficamos parados, sem saber o que fazer, mesmo estando rodeados de tanta gente trabalhadora. Nós também estávamos fazendo o nosso trabalho, e tinha maus elementos por perto. Ficamos por ali e começamos a procurar aquela senhora, não a vimos mais. Como em todos os momentos de dificuldade em nossas viagens, isso acontece, sempre aparece um anjo, nos ajuda e some. Se ela não nos tivesse alertado o que teria acontecido? Ainda bem que existe gente boa nesse mundo.

Resolvemos de ir embora. Chamamos o taxista, ele disse que em 5 minutos estaria ali, esperamos no meio do pessoal até dar 5 minutos, para que quando fossemos sair, o táxi já estivesse nos esperando, sem ter perigo dos carinhas nos assaltarem.
O dia já estava amanhecendo quando chegamos ao hotel.
Ficamos felizes com o material que conseguimos para o nosso post. Missão cumprida!!

A Feira do Açai fica ao lado do mercado Ver-o-peso, entre a Praça do relógio e o Forte do Castelo. O horário melhor para conhecer é a partir de 4 h até às 6 h da manhã.
                 Tulip Inn Batista Campos Hotel                              Foto by Haydée Marques
Escolhemos o Tulip Inn Batista Campos Hotel pela localização, fica no centro da cidade, e perto de quase todos os pontos turísticos. Foi uma boa escolha, um hotel agradável. Funcionários, sempre muito cordiais e atenciosos. Quarto grande e confortável. Café da manhã sem muita variedade, mas possui o básico necessário. Gostamos de nossa estada aqui. 

Queremos agradecer a funcionária da recepção, Amanda Lourenço, uma garota muito simpática com a qual fizemos amizade. Ao entregarmos nosso cartão do blog a um funcionário, ela deu maior atenção, e ao chegarmos à noite no hotel ela veio nos falar que já tinha entrado no blog e nos elogiou. Amanda deu uma olhada em nossas postagens principalmente sobre a Itália, pois está indo para a Itália agora em abril. Nós a presenteamos com uma tag de mala do nosso blog, e ela ficou muito feliz. Amanda boa viagem para você, aproveite muito lá na Itália, e mande fotos e notícias de lá. Quando voltar gostaríamos de publicar a sua viagem aqui no blog. OK?
                                                                                                      Foto by Haydée Marques                                                                             Café da manhã simples, porém gostoso !!
                                                                       Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques


























4 comentários:

  1. Que bom que gostaram. Faltaram alguns pontos, como a ilha do Combu, museu, bosque, Icoaraci, ilha de Outeiro e praça Batista Campos. Em Mosqueiro, a praia do Paraíso. Mas aí teriam que ficar mai dias. Abraços e voltem sempre.

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    Respostas
    1. Sim Jorge, faltaram alguns pontos para conhecer. Gostaríamos de também ter conhecido a Ilha de Marajó. Precisávamos de muito mais tempo, mas foi muito bom conhecer Belém e seu povo cativante. Não vai faltar oportunidade e logo voltaremos com certeza. Obrigada

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  2. em Belem a temperatura maxima costuma ser 34; nunca chega aos 40 graus.

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    1. Charles me desculpe, pesquisamos na internet e perguntamos a algumas pessoas para colocar esse clima de Belém do Pará. Site pesquisado http://www.guiadoturista.net/para/belem.html.Mas vou acatar o seu comentário.
      O site que pesquisamos diz chega até 41 graus, mas no grafico dá referências diferente.

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