BELÉM, cidade morena e amorosa, cheia de histórias. Inspira o
Brasil com suas belezas, seus sabores, sua cultura e seu povo hospitaleiro. Capital
de um estado cheio de incomparáveis belezas naturais, fica às margens da Baía
do Guajará, onde foi construído o forte do Castelo.
Sua arquitetura é dos séculos XVII e XVIII, representada por casarões azulejados, reflete o talento português. Cidade da Mangueiras, assim chamada por existir muitas mangueiras em suas ruas, que formam túneis com agradáveis sombras.
Nasceu com a exploração do pau-brasil, cresceu impulsionada pelo extrativismo
das drogas do sertão e floresceu com a economia da borracha.
Sua maior riqueza
a floresta que a circunda, um cinturão verde de ilhas, rios, igarapés e canais
que deságuam na Baía do Guajará.
É uma metrópole cercada de água, ilhas e florestas. Tem uma cultura rica, em que
se sobressaem a culinária, o artesanato e a música.
Quando a gente chega a Belém já começa a sentir diferenças principalmente no clima, a umidade permanente no ar já denuncia. Tem uma característica muito particular, que é o pé-d'água rotineiro de todos os dia, tanto que os Belenenses sempre perguntam, você vai sair antes o depois da chuva?
Como chegar: A melhor maneira de
chegar em Belém é por via aérea, com voos das companhias Tam e Gol. O tempo de
São Paulo até Belém são de 3h.
Foto by Haydée Marques
Cores, sabores, aromas definem emoções e
sentimentos, mas também definem Belém do Pará, onde o colorido está presente de
todas as formas. A gastronomia é um dos meios mais fáceis de apaixonar por
Belém do Pará, que fica na parte deslumbrante da natureza amazônica.
Os Ingleses chegaram durante o próspero ciclo da borracha, trazendo construções pré-fabricadas que viraram hoje cartão postal, como o Mercado Ver-o-Peso, junto ao cais, onde ficam as barracas de peixe e frutos do mar, abrem das 06 h às 14 h: e a feira, fica aberta o dia todo, vende frutas, ervas aromáticas, temperos, castanhas, camarões secos e salgados, verduras e legumes, e agora tem junto um camelódromo, que achamos que destoa do restante do mercado
Belém ganhou um novo status, que vai
muito além de sua condição de porta de entrada da Amazônia. É uma das capitais
gastronômicas do Brasil. Isso vem de longe. No século 17, o padre Antônio
Vieira já atestava que a mesa belenense, era um banquete sem igual
de peixes, caças e frutas típicas apreciadas pelos colonizadores portugueses.
Belém é um caldeirão de misturas étnicas. A comida indígena paraense, única
verdadeiramente brasileira, tem sabores, portugueses, alemães, japoneses,
libaneses, sírios, judeus,ingleses, barbadianos espanhóis, franceses e
italianos. Os colonizadores foram chegando e se encantando com a
cozinha nativa e, aos poucos foram incorporando ingredientes locais às receitas
de além-mar.
Africanos popularizaram o gergelim nos
doces e as pimentas (murupi, camapu, olho-de-peixe, cajurana). A maniçoba é um
exemplo perfeito casamento perfeito entre as raízes das cozinhas indígenas e
africana. Os índios, óbvio, são mestres ancestrais no preparo de mandioca,
caldeiradas, peixes (piranha, pirarucu, surubim, tucunaré, tambaqui).
Mercado Ver-o-Peso
Mercado interessante!! Bem louco!! Sujo!! Tem
que ir preparado psicologicamente!! Mas é bom pra ver a diferença cultural.
No primeiro dia caminhamos pelo
mercado Ver-o-Peso, que é considerado a maior feira livre da América Latina.
Não se preocupe com a bagunça, vá de coração aberto e converse com os feirantes. Você pode ficar um pouco sem graça, principalmente se você for do
sul. Quer uma dica? Esqueça o teu mundinho, assim você conhece um pouco de um Brasil simples e cativante. Dê atenção sim, só assim você vai se enriquecer. Se você não conhece determinada erva, peixe ou fruta, pergunte. Com não conhecíamos algumas ervas, perguntamos ao feirante
do que se tratava, ele nos explicou que uma delas era o Jambu e a outra
vinagreira. Ele explicou que o Jambu é uma planta medicinal, serve
como anestésico, se tiver uma dor de dente ele vai anestesiar, e é também antisséptica. É usada como tempero,
principalmente no Tacacá. Ele mandou que experimentássemos uma pitadinha da flor do jambu, para sentir o quanto o beiço tremia, desconfiados fizemos isso, e realmente a planta
amorteceu a nossa boca, mas não tremeu, hehehehe.
Jambu, usada como planta medicinal, e na culinária.
Foto by Haydée Marques
Caminhando pela feira você vai passar por
várias barracas onde vai encontrar, cupuaçu, taperebá, bacuri, buriti, mangaba, uxi,
tucumã...Uma infinidade de frutas diferentes, algumas você terá vontade de
experimentar, e outras nem tanto.
Barracas das Frutas
Foto by Haydee Marques Fruta deliciosa !!
Foto by Haydée Marques Pupunha
Uma bagunça mais ou menos organizada. Se quiser levar algum produto típico (artesanato e/ou culinária), este é o lugar. Uma verdadeira Torre de Babel de produtos.
Barracas dos Vidrinhos Milagrosos!
Tem também barracas, com preparados e poderes
medicinais. Vidrinhos sobrenaturais, vidrinhos milagrosos, para impotência e
outros bem curiosos. Se você der atenção as senhoras que vendem esses vidrinhos
vai saber de curiosidades milagrosas. Uma delas veio falar em meu ouvido sobre
um dos seus vidrinhos, falando que era tiro e queda..., eu acabei não dando
muito crédito ao que ela falou. E nem mesmo eu fazendo uma brincadeira, ela
perdeu a sua crença, ou fingiu que não entendeu. Afinal é a sua cultura e temos
que respeitar.
Passando por essas barracas dos vidrinhos,
acabei me lembrando de um mercado, que existe em La Paz, na Bolívia, tem um
pouco de semelhança a esse. O nome é Mercado de Las Brujas
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques Gostei muito
do visual desse vidrinhos nas fotos.
Foto by Haydee Marques
Barracas das castanhas
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Dentro
dessa bolas chamadas de ouriço, é que ficam as castanhas, e que também são
sementes.
Aqui o trabalho de descascar as sementes. Fazem tudo manualmente, apesar de ter visto também uma pequena maquina, que facilita a retirada da castanha da casca.
Barraca dos frios, e dos camarões e peixes salgados.
Foto by Haydée Marques
Vir ao mercado ver-o-peso sem dúvidas é uma experiência única, em cores, sabores e cultura local. Lá o turista encontra tudo o que há de
melhor de temperos da terra vindos fresquinhos do interior do Estado. Tem também o açaí e a farinha
d'água.
Foto By Haydée Marques
Camarão seco Foto by Haydée Marques
Peixe
salgado Foto by Haydée Marques
Barracas das Farinhas
Foto by Haydée Marques
A combinação das cores, enche os olhos! Farinha d'água e tapioca.
Foto by Haydée Marques
Pinga com Jambu Foto by Haydée Marques
Barracas dos Temperos
Pimenta no tucupi. Foto by Haydée Marques
Mercado da Carnes
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Fica bem em
frente ao mercado ver o peso. Possui lojas em seu interior e uma construção em
ferro bem interessante.
Foto by Haydée Marques
É uma belíssima arquitetura, bem preservada. Oferece
alguns lugares para comer comidas típicas do Pará. Vale a visita!
Artesanato Indígena Foto by Haydée Marques
Gastronomia do Mercado Ver-o-Peso
Não deixe de comer na
feira. No primeiro momento pensamos em não comer por lá, mas depois de algumas
voltas observando o pessoal servir, a gente encontrou uma barraca bem
arrumadinha. Uma senhora nos explicou sobre todos os pratos, a maioria era de
peixe, escolhemos a pescada branca e o peixe filhote. Nos ofereceram o
açaí para comer com o peixe. Como assim, comer peixe com açaí? Sim, nos falou a
senhora, é uma delícia, aqui a gente tem o costume de comer junto com o peixe frito. Ficamos sabendo
que o açaí para eles é como o feijão para nós. Mais uma coisa também nos foi
oferecido para colocar junto, uma farinha de tapioca com umas bolinas e também tinha que adoçar. Para ficar mais gostoso tinha que comer um pedaço de
peixe e uma colherada de açaí. Imagina a nossa cara de surpresa, mas enfim, olhamos um para outro e falamos, seja o que Deus quiser! A primeira colherada
foi para experimentar, e as outras para saborear. A partir desse momento
ficamos fãs do peixe com açaí.
Diferente do Sul, que se come
açaí com granola e frutas.
Foto by Haydée Marques
Prato delicioso, pescada branca com açaí, tapioca e açúcar.
Foi neste box provamos o peixe com açaí.
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Parque Mangal da Garças
Mangal
das Garças, um oásis
em pleno centro urbano de Belém. Fica à beira do Rio Amazonas, que no Pará ganha
o nome de Guamá.
Abriga uma parte da Amazônia, criado nas
margens do Rio Guamá, no centro histórico da capital da capital. O local é um
parque ecológico revitalizado, ocupa uma área de 40 mil metros quadrados.
Dentro
do Mangal das Garças é possível conhecer belezas naturais e a diversidade da
fauna e flora da Floresta Amazônica, lugar com uma natureza exuberante. Há
garças coloridas, flamingos, iguanas, que vivem em liberdade, sem ser
molestados. Até dão uma olhadinha, para a gente filmar e tirar fotos. Os
amantes de fotografia sairão dali com belíssimas fotos!
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Garças
alaranjadas Foto by Haydée Marques
Flamingos Foto by Haydée Marques
Memorial Amazônico da Navegação
Foto by Haydee Marques
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Olhem só quem
apareceu por aqui. Acreditem se quiser, logo que sentamos para saborear um sorvete, esse pássaro
veio como quem não quer nada pedir um pouquinho. Nesse lugar os animais vivem
soltos e já estão acostumados a ficar perto das pessoas.
Insistente o
mocinho
Borboletário
Foto by Haydée Marques No parque Mangal das Garças, um dos pontos turísticos mais
visitados de Belém, as borboletas
recebem um tratamento mais que especial. Considerado o maior borboletário
público do país, o espaço reúne também várias espécies de plantas, animais,
lagos e jardins.
As borboletas nascem diariamente no Mangal. Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
As borboletas nascem diariamente no Mangal. Foto by Haydée Marques
Horários: Terça a domingo, das 9h às 18h
Cidade Velha
Forte do Castelo ou Presépio Foto by Haydée Marques
Se alguém procurar em Belém pelo Forte do Castelo ou ainda pelo Forte do Senhor Santo
Cristo, vai saber que, na verdade são os mesmos lugares. Erguida em 1616 pelos
portugueses para proteger uma cidade que acabara de ser fundada, a fortificação
está localizada na Ponta de Maúri, na confluência do Rio Guaianá com a Baía
de Guajará, demarcando a entrada do porto e o canal de navegação que ladeia
a Ilha das Onças, em Belém.
Foto by Haydée Marques
Hoje, após ser usado como arsenal de guerra, hospital e círculo
militar, é um dos principais pontos turísticos de Belém. Visitado por,
turistas nacionais e estrangeiros. No forte estão antigos canhões e até
mesmo a munição, dos séculos passados, isso para manter viva a memória da
cidade que na época do Brasil Colônia era a capital do Grão-Pará, área que hoje
corresponde ao Maranhão e o Amazonas.
Praça em frente ao Forte Foto by Haydee Marques
Canhões do Forte Foto by Haydée Marques
Vista de Belém, do alto do Forte do Castelo
Igreja da Sé Foto by Haydée Marques
É como é conhecida, a catedral de 400 anos, do início da história de Belém. Ela fica
localizada no centro histórico, é uma igreja belíssima, conservada e rica em
detalhes.
Bem preservada. O altar-mor de
mármore e alabastro vindo da Itália e o Órgão Cavaillé-Coll construído em Paris
É dessa Catedral que todos os anos sai a maior procissão do mundo que
é o Cirio de Nossa Senhora de Nazaré .
O centro velho de Belém é positivamente bucólico e apaixonante
para quem gosta de história. O silêncio das estruturas alimenta a imaginação. A
catedral é realmente um marco da arquitetura colonial e guarda muito de uma
fase áurea da região amazônica.
Corveta Solimões Foto by Haydée Marques
Um ótimo lugar para visitação em Belém é o Navio da Marinha de
Guerra, que serviu de apoio a população ribeirinha e defesa da Amazônia. O nome
é Corveta Solimões, foi fabricada em 1954, é um importante complexo turístico,
foi transformado em museu em 2003. Dentro o visitante pode ver os armamentos,
como um canhão que veio dos Estados unidos, e pode dar 15 tiros por minutos. O
preço para visitar é de 4,00 reais, estudantes e idosos pagam meia. Pode visitar
a Área de comando,praça d”arma e enfermaria. A Corveta fica em frente da Casa
das 11 janelas.
Casa
das 11 janelas Foto by Haydée Marques
Atualmente a casa das 11 janelas abriga um museu de arte contemporânea, que frequentemente tem mostras de artistas locais, nacionais e internacionais, a entrada é quase sempre franca, possui um ótimo espaço para lazer e tem uma barraquinha que vende algumas comidas típicas. Antigamente possuía um restaurante, mas não está funcionando mais.
Parte de trás da Casa das 11 janelas Foto by Haydée Marques
Igreja de Santo Alexandre e Museu de Arte Sacra Foto by Haydée Marques
Museu localizado
em um prédio histórico, próximo à praça do relógio e o Ver o Peso.
O museu faz você
mergulhar na história da cidade, o ambiente interno é uma viagem ao tempo
direto para o Brasil Colonial, grandes estruturas entalhadas em madeira, feito
por escultores, padres e também por indígenas catequizados. “Acervo
pequeno, mas belo exemplo da arte sacra"
Muita história, beleza e tudo mais que possa se
admirar! Se estiver por Belém, visite-a, não irá se arrepender.
Igreja da Sé
Foto by Haydée Marques
Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré Foto by Haydée Marque
A Basílica
Santuário de Nossa Senhora de Nazaré fica no centro da Cidade de Belém do Pará.
De fácil acesso.
Imponente,
é belíssima! Realmente traduz um ambiente de paz e de muita fé e oração.
Detalhes internos belíssimos, os olhos se perdem em admirar tanta beleza.
Abriga a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, a mesma que atrai multidão de fiéis
durante o Círio de Nazaré.
Um passeio imperdível em qualquer época do ano e não apenas nas festividades do
Sírio de Nazaré.
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Estação das Docas
Foto de como era antigamente a Estação das Docas
A inspiração
da revitalização foi o Puerto Madero, em Buenos Aires.
A Estação das Docas, transformou-se em um local cuja visita é
indispensável, seja de dia ou à noite. Em seu interior, existem inúmeras opções
de culinária, com música ao vivo (MPB) e lojas. Quem vai a Belém não pode
deixar de conhecer. Em alguns dias tem apresentação folclórica.
Lugar agradável, boa comida, boa bebida e gastronomia de primeiríssima qualidade.
A
estação das Docas tem 3 armazéns.
O armazém
1 se chama Boulevard das Artes, tem várias lojas de artesanato e roupas. O
armazém 2 se chama Boulevard da Gastronomia, conta com vários restaurantes, e a
choperia Amazon Beer, 100% artesanal.
Foto by Haydée Marques
O Armazém 3 é o Boulevard de Feiras e Exposições, é destinado a festas. O local oferece exposições permanentes com a história do porto, um cinema, um teatro e uma intensa programação de shows.
Endereço: Av.
Boulevard Castilhos França, S/N
Horários: Segunda
à quarta, das 10h à meia noite
Quinta à sábado, das 10h
às 3h
Domingo, das 9h à meia noite.
Restaurante e bar Amazon Beer na Estação das Docas
A Amazon Beer, foi fundada em 2000, já
é sucesso absoluto e atração turística na Estação das Docas. Produz diante dos
clientes, seis estilos de cervejas em imponentes tonéis de cobre. Suas cervejas
são feitas de matérias primas da floresta, principalmente de frutas.
Foto by Haydée Marques
Para levar de presente para os amigos.
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
É um lugar agradável para um Happy Hour, no final da tarde.
Deliciosa cerveja de Açaí! Foto by Haydée Marques
Como tira gosto, bolinho de Pato no Tucupi, uauuu!
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Filhote com crosta de Castanha do Pará e Jambú e Palmito de metro (Palmito selvagem com pimenta e ervas), para comer rezando, hummmm....Tudo de bom!
Foto by Haydée Marques
Depois desse jantar saboroso, passamos pela soveteria Cairu.
Foto by Haydée Marques
Quem
vai a Belém do Pará tem que tomar um sorvetinho Cairu, o melhor sorvete da
região Norte. Sabores variados, recomendamos os típicos da região: açaí,
tapioca, taperebá, cupuaçu, bacuri.
Alguém já parou para pensar na combinação de Queijo Reino com
Goiabada? A Cairu pensou e fez a alegria dos seus seguidores.
Foto by Haydée Marques
Voltamos a Estação da Docas para visitar o local
durante o dia, e principalmente para fazer o passeio de barco, que acabamos
não fazendo por causa do tempo. Ficamos com um pouco de receio.
Foto by Haydée Marques
Aproveitamos e fizemos um lanchinho Foto by Haydée Marques
Esse salgado aqui não é coxinha e sim unha de caranguejo. A
massa é igual da coxinha, só muda o recheio que é com carne de
caranguejo, se chama unha porque deixam ficar de fora uma pequena
garra de caranguejo.
Foto by Haydée Marques
O Tacacá é um delicioso caldo indígena, é servido em
pequenas cumbucas. Tem como base o tucupi, extraído da raiz da mandioca, e
acompanha camarão seco, goma de tapioca, pimenta e jambu. Na primeira vez que a
gente provou essa iguaria, foi com certa desconfiança, principalmente por causa
do camarão salgado e seco, que a gente não está acostumado. O jambú desse Tatacá
estava bem forte, sem mentira, a minha boca ficou completamente amortecida,
fiquei até tonta, parecia que estava dopada, acho que esse tal de jambú é
alucinógeno, rsss.
No primeiro momento você fica com um pouco de receio em experimentar. A cada
gole você tem impressão que aquilo pode não ter fazer bem, mas acaba chegando ao fim. Mas na segunda oportunidade você não pensa duas vezes, pede
novamente e se delicia sem medo e toma com prazer.
Fomos a Estação das Docas pela segunda vez e tivemos o prazer de assistir um lindo espetáculo de danças folclóricas.
Foto de Haydée Marques
A dança do Boto Branco Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Muito lindos os trajes das dançarinas
Restaurante Point do Açai
Jantar no
Point do Açai. Novamente pedimos peixe com açaí .
Foto by Haydée Marques
Pedimos o peixe Pirarucu, ele é um pouco parecido com o
bacalhau.
Não gostamos do sabor desse peixe. O garçom que nos atendeu,
fez um ritual explicando como comer o peixe com açaí, mas a gente já sabia, só que ali eles usam também a farinha d’água.
Portal da Amazônia
Lugar onde os Belenenses praticam esportes e fazem caminhadas Foto by Haydée Marques
Um lugar muito limpo e bonito.
Ilha de Mosqueiro
Foto by Haydée Marques
Alugamos um carro por dois dias, e aí aproveitamos para conhecer um pouco dos lugares fora de Belém. Fomos até a Ilha de Mosqueiro.
A ilha de mosqueiro é um distrito de Belem, é
linda e famosa por suas praias e orlas belíssimas de água doce que atraem
turistas brasileiros e estrangeiros.
Possuem diversas praias, que são banhadas pelo rio,
isso mesmo praia de rio com onda e tudo. A praia do Chapéu Virado é a terceira
melhor frequentada.
Praia do Chapéu Virado
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Achamos estranho não ter ninguém na praia,
mesmo estando um calorão, parecia tudo abandonado.. Depois conversando com as
pessoas soubemos que, agora lá é inverno e muitas chuvas. O verão para eles é
em julho, chega a fazer até 35 graus e as praias ficam lotadas.
A praia de do Chapéu Virado é uma praia de rio, tem uma beleza diferente.
Praia do Farol
Foto by Haydee Marques
A Praia do Farol é uma das praias de água doce mais famosas
da Ilha de Mosqueiro, nela encontra-se a Ilha do Amor.
Andando um pouquinho mais,
depois da Praia do Chapéu Virado, você chega à Praia do Farol, com um pouco de infraestrutura. As barracas são bacanas, com bom
serviço, bons preços e bom atendimento. A água é uma delícia pra mergulhar, e
tem ondas também, embora seja de água doce. Um lugar gostoso pra passar o dia
todo.
Restaurante Lambretta 62
Foto by Haydée Marques
Quando for à ilha de
Mosqueiro, o Lambretta 62 é uma boa opção. A lambreta logo na entrada é o
cartão de visita do restaurante que tem o mesmo nome.
Estávamos procurando um restaurante, mas a maioria estava fechado, tentei pesquisar na internet e achei este. A indicação era boa, e dizia que o proprietário era de Curitiba, fomos procurar
O nome do proprietário é Walter, uma pessoa simpática. Fazem 26 anos que
Walter deixou Curitiba e foi morar na Ilha de Mosqueiro. Seu restaurante fica
na beira da praia, é um restaurante simples, com boa comida. Walter foi nos
mostrar a construção do seu novo restaurante, que pelo jeito vai ficar muito
bonito.
Que
coincidência encontrar este restaurante com o nome de lambretta e ter uma para
a gente tirar foto, pois o nosso blog tem uma lambretta vermelha como mascote.
Feira do Açaí
“O amanhecer na Feira do Açaí”
Foto by Haydée Marques
“O açaí é o ouro preto para os produtores paraenses"
Acordar às 04:00 h da madrugada, estando de férias não dá, né?
A não ser por um bom motivo, ir à Feira do Açaí" para ver a
chegada do açaí, do peixe, das frutas e ver o Mercado Ver-o- Peso iluminado pelas luzes e emoldurado pelos barcos, em Belém do Pará. Aí sim. Tudo
isso acontece de madrugada, quando chegam os produtos para a venda.
Eu já tinha lido sobre a Feira do Açaí quando estava
pesquisando sobre Belém, aos poucos fui programando para conhecer. Mas como
sou preguiçosa para acordar, tinha um pouco de dúvidas se iria mesmo. Combinamos juntos essa loucura, eu só tinha que vencer o sono e a preguiça.
Programamos para ir ao terceiro dia. Como tínhamos alugado um
carro, pensamos em ir de carro, mas com tantas recomendações dos taxistas,
resolvemos ir de táxi que seria mais seguro. Levar a câmera profissional, nem
pensar, deixei no hotel. Levei o celular
e uma câmera pequena para não chamar atenção.
Na noite anterior, eu já estava deixando a preguiça tomar
conta, será que vamos? Na hora que tocou o celular de madrugada eu pensei, acho que vou dormir mais um
pouquinho, pera aí uma vozinha me falou, não vai desistir não, eu não vou
deixar, esqueceu que você colocou na Fanpage que vocês iam conhecer a Feira do Açaí? Que vergonha, hem. Dei um pulo da cama
rapidinho e com um gostoso banho já estávamos prontos para a aventura.
Quando a gente entrou no táxi e falamos que íamos para a
Feira do Açaí, o taxista ficou meio surpreso, mas já sabíamos o porquê.
Pesquisando em blogs sobre essa feira chegamos à conclusão de que, a maioria das pessoas que vão a essa feira a essa hora da madruga são: os vendedores, os compradores que vão para trabalhar, e os blogueiros, que gostam de aventuras. Nunca ouvi ou li que um turista tenha feito isso. Somos diferentes mesmo.
Voltando ao taxista, ele nos falou que era para
tomar cuidado, e aí combinamos de vir buscar-nos.
Fotos by Haydée Marques
Os barcos chegam à meia noite, vindos do interior do estado,
ou comunidades ribeirinhas, alguns chegam a viajar até quase 30 horas para
chegar a Belém, para fazer a venda do açaí, peixes e frutas, e aí começa o
burburinho.
Muito açaí vem de ilhas próximas a Belém como: Ilha das Onças
e Ilha de Marajó. Na agroindústria, o açaí passa a fruta in natura em polpa, é
estocada pura ou misturada.
Foto by Haydée Marques
O açaí é uma pequena fruta arredondada, de coloração escura, variando
entre o roxo e o preto, que possui um pequeno caroço e pouca polpa. O fruto é
encontrado em cachos; cada tronco do açaizeiro produz até quatro cachos da
fruta.
A comercialização do açaí é tão importante no Pará que
movimenta sorveterias, restaurantes e a grande feira ao ar livre da cidade.
Foto by Haydée Marques
Todas as ilhas da Baia do Guajará, no Pará, são cobertas por açaizais,
em sua maioria nativa e selvagens. Antes do sol do meio dia, os “peconheiros”,
como são conhecidos por conta do acessório que amarram nos pés para subir nas
árvores, já coletaram os frutos maduros do dia.
Depois dá colheita o açaí tem dois caminhos. Um deles é o da
média e grande indústria, que compra diretamente do produtor, para fazer o processamento e vai ser usado como alimento,
cosmético e enviado para várias regiões do Brasil, e fora do Brasil. O
outro é a venda de mão em mão até o consumidor local.
Todos esses mercados funcionam durante a madrugada na Feira do
Açaí, e são como uma bolsa de valores, o preço varia conforme a oferta e a
procura, como nas feiras livres. Os frutos são vendidos por lata, que na verdade
são as cestas de vime menores, com 14 quilos cada.
Fotos by Haydée Marques
Na hora que a gente
chegou já tinham descarregado o açaí, e já tinham vendido a maior parte, quase
que a gente não consegue ver os cestos cheios, para tirar as fotos. Mas
conseguimos um bom material, e valeu a pena pela experiência vivida.
Foto by Haydée Marques
Isso tudo é uma
loucura! Os trabalhadores chegam com açaí e começam a vender. Existem vários
valores, depende da qualidade. O açaí molhado é mais barato, mas não é porque
ele está molhado, se diz molhado para o açaí que não foi colhido recentemente.
oto by Haydée Marques
O que tem de gente naquele local, não é brincadeira. As pessoas nos olhavam como se fossemos intrusos, e na verdade éramos intrusos mesmo, porque ali só tinha trabalhadores, compradores
e vendedores.
Foto bay Haydée Marques
Pura, com farinha ou arroz e feijão, a polpa do açaí está no cardápio
diário dos paraenses e alimenta também nas partes ribeirinhas e vai parar na
mesa dos consumidores australianos e americanos.
Açaí Verde Foto by Haydée Marques
Conhecido também
como açaí tinga. Fruto difícil de achar, é mais caro que o roxo, porém muito
apreciado por paraenses. Apesar de ser conhecido como açaí branco, sua cor é verde.
Foto by Haydée Marques
Ouvíamos até galos e galinhas cantando dentro dos barcos. De repente o
pessoal começou a cacarejar como galinha e dar risadas, era um trabalhador que
estava passando com várias galinhas para vender, foi uma gozação só. Coitado,
devem fazer isso com ele todas as noites. Que culpa ele tem de vender galinha?
Foto by Haydée Marques
Aos poucos fomos percebendo que a Feira do Açaí ficava para
trás e estávamos já na feira do peixe e das frutas.
Foto by Haydée Marques
Em um local perto dos barcos vimos um tacho, onde estavam
fritando uns pedaços de peixe, ali mesmo eles vendiam o peixe frito. Havia também
uma pia improvisada para lavar pratos, acho até que tiravam água do rio para
lavar.
Foto by Haydée Marques
Frutas muitas frutas,
de várias qualidades.
Fotos by Haydée Marques
Pupunha Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Agora estávamos chegando no local da feira do peixe, tinham vários
peixes de diferentes tipos
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Estávamos tirando fotos quando uma senhora apareceu do nada e
chegou bem pertinho de nós e falou, tem dois caras que estão seguindo vocês,
faz um bom tempo, tomem cuidado com o celular eles estão de olho em vocês. Ali
mesmo nós ficamos parados, sem saber o que fazer, mesmo estando rodeados de
tanta gente trabalhadora. Nós também estávamos fazendo o nosso trabalho, e
tinha maus elementos por perto. Ficamos por ali e começamos a procurar aquela
senhora, não a vimos mais. Como em todos os momentos de dificuldade em nossas
viagens, isso acontece, sempre aparece um anjo, nos ajuda e some. Se ela não nos
tivesse alertado o que teria acontecido? Ainda bem que existe gente boa nesse
mundo.
Resolvemos de ir embora. Chamamos o taxista, ele disse que em 5 minutos estaria ali, esperamos no meio do pessoal até dar 5 minutos, para que quando fossemos sair, o táxi já estivesse nos esperando, sem ter perigo dos carinhas nos assaltarem.
O dia já estava amanhecendo quando chegamos ao hotel.
Ficamos felizes com o material que conseguimos para o nosso post. Missão cumprida!!
A Feira do Açai fica ao lado do mercado Ver-o-peso, entre a Praça do relógio e o Forte do Castelo. O horário melhor para conhecer é a partir de 4 h até às 6 h da manhã.
Tulip Inn Batista Campos Hotel Foto by Haydée Marques
Escolhemos o Tulip Inn Batista Campos Hotel pela localização, fica no centro da cidade, e perto
de quase todos os pontos turísticos. Foi uma boa escolha, um hotel agradável. Funcionários,
sempre muito cordiais e atenciosos. Quarto grande e confortável. Café da manhã sem muita variedade, mas
possui o básico necessário. Gostamos de nossa estada aqui.
Queremos agradecer a funcionária da recepção, Amanda Lourenço, uma garota muito simpática com a qual fizemos amizade. Ao entregarmos nosso cartão do blog a um funcionário, ela deu maior atenção, e ao chegarmos à noite no hotel ela veio nos falar que já tinha entrado no blog e nos elogiou. Amanda deu uma olhada em nossas postagens principalmente sobre a Itália, pois está indo para a Itália agora em abril. Nós a presenteamos com uma tag de mala do nosso blog, e ela ficou muito feliz. Amanda boa viagem para você, aproveite muito lá na Itália, e mande fotos e notícias de lá. Quando voltar gostaríamos de publicar a sua viagem aqui no blog. OK?
Foto by Haydée Marques Café da manhã simples, porém gostoso !!
Foto by Haydée Marques
Foto by Haydée Marques
Que bom que gostaram. Faltaram alguns pontos, como a ilha do Combu, museu, bosque, Icoaraci, ilha de Outeiro e praça Batista Campos. Em Mosqueiro, a praia do Paraíso. Mas aí teriam que ficar mai dias. Abraços e voltem sempre.
ResponderExcluirSim Jorge, faltaram alguns pontos para conhecer. Gostaríamos de também ter conhecido a Ilha de Marajó. Precisávamos de muito mais tempo, mas foi muito bom conhecer Belém e seu povo cativante. Não vai faltar oportunidade e logo voltaremos com certeza. Obrigada
Excluirem Belem a temperatura maxima costuma ser 34; nunca chega aos 40 graus.
ResponderExcluirCharles me desculpe, pesquisamos na internet e perguntamos a algumas pessoas para colocar esse clima de Belém do Pará. Site pesquisado http://www.guiadoturista.net/para/belem.html.Mas vou acatar o seu comentário.
ExcluirO site que pesquisamos diz chega até 41 graus, mas no grafico dá referências diferente.